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22 de dez. de 2012

Aspectos da escravidão no Brasil pelos olhos de Darwin

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Embora Charles Darwin tenha se angustiado pela escravidão no Brasil, ele também descreveu uma fazenda, na qual não duvidava de que os escravos vivessem uma vida feliz e contente.

Tal fazenda visitada em abril de 1832 pertencia a Manuel Figuireda, parente de um membro da comitiva de Darwin. 

Neste local, ele também vivenciou uma grande fartura de alimentos capaz de fazer os convidados gemerem de tanto comer. Destacou em seu diário que: “Num dia em que eu havia determinado que nada voltaria sem ter provado, eis que vejo, consternado, aparecer em toda a sua substancial realidade, um suculento peru recheado e uma leitoa assada!

Para ler este relato na íntegra acesse o Teliga.net.

Imagem disponibilizada por “Abolição da Escravatura”. 

15 de dez. de 2012

Dicas ilustradas de Avaliação de piano usado para leigos

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Está certo, você decidiu comprar um piano usado e dá largada à maratona da procura pelo instrumento que poderá chamar de seu. Só que quem não tem conhecimentos técnicos suficientes corre o risco de fazer uma péssima escolha. Eu, por exemplo, acabei optando por comprar o usado numa loja conceituada, mas não me dei inteiramente bem. Apesar da sonoridade bacana, segurar a afinação, etc, a mecânica estava muito gasta e os martelos idem. Resultado, passei anos eu mesmo reparando, regulando, trocando molas oxidadas, camurças gastas, etc. Ao final, ainda não me dando por satisfeito, acabei trocando o velho piano de armário por um reluzente de cauda... novo, desta vez para não correr o risco de passar os próximos anos à cata de molinhas, pedaços de camurça, feltros e outros babados.

Para resumir a ópera, tenho a oferecer a você candidato a piano usado a minha experiência adquirida depois de cair no erro. Assim, sabendo-se que é muito difícil ter um afinador a tiracolo na hora de examinar um piano, a informação pode ser o diferencial entre embarcar numa tranqueira, ou entrar em lua de mel com o piano dos sonhos.

Folga e/ou problemas de mobilidade nas Teclas
O problema das teclas presas normalmente é minimizado sob o seguinte argumento "ele está assim porque não é tocado há muito tempo". Todavia, algo que parece simples está revelando anos de descuido e exposição a altas taxas de umidade. Você pode testar a folga das teclas movimentando-as lateralmente com os dedos. Nos pianos novos a folga é a mínima possível, o suficiente para permitir o movimento. Se houver folga excessiva, a precisão do toque fica prejudicada e significa que o embuchamento de feltro das teclas precisará ser trocado.

Desgaste do Mecanismo
Examinar o mecanismo de um piano usado só é possível nos de armário, uma vez que nos pianos de cauda é necessário retirá-lo para fora, o que é uma operação complexa que o comprador normalmente não permite sem seja pelas mãos do afinador.

No caso de piano de armário, peça para o vendedor retirar o tampo frontal e examine cuidadosamente o mecanismo para procurar eventuais sintomas de desgaste. Veja se os corinhos vermelhos estão íntegros e todos no lugar, se não há ferrugem nas molas e nos parafusos. Preste atenção também no estado das camurças, pois se estiverem muito desgastadas, isso pode trancar o movimento das teclas.

Martelos muito achatados e vincados
Se o proprietário afirma que "esse piano quase nunca foi tocado" e você percebe achatamento e marcas profundas nos martelos, certamente isso é uma mentira! Evite comprar pianos que foram excessivamente usados, menos ainda aqueles que foram martelados por pianistas campeões do UFC!


Cravelhas enferrujadas, inclinadas, atoladas
Observar atentamente o estado das cravelhas pode evitar que você embarque numa canoa furada, ou seja, compre um piano condenado. Explico; as cravelhas que você vê denunciam o estado do cepo que você não vê e o cepo é responsável pelo piano "segurar" a afinação. A seguir publico fotos de cravelhas que denotam uma história triste.

Cravelhas enferrujadas: devem ser substituídas, inclusive com as cordas, o que significa alto custo.

Cravelhas inclinadas: essa posição quer dizer que não seguram mais a afinação, ou seja, tais cravelhas deverão ser substituídas por outras de maior calibre.

Cravelhas afundadas: isso significa que as cravelhas não têm mais folga em relação ao cepo, fato que inviabiliza as tentativas de afinação. A solução paliativa é a troca das cravelhas por outras mais grossas e, se não resolver, a troca do cepo. Agora falemos francamente, a troca do cepo implica em gastar no piano praticamente o preço que você pagará por ele.

Cordas e/ou bordões enferrujados
Cordas enferrujadas produzem um som feio e oco e devem ser trocadas, pois perderam a elasticidade. Dependendo do número de cordas afetadas, o preço do serviço pode ser bem custoso.

Manchas de líquido derramado na tábua harmônica ou no cepo
Denunciam que o piano teve donos negligentes, pior ainda, que aquele instrumento pertenceu a um bar. Fuja de pianos de bar!

Marcas de copos no tampo
Eu comprei um piano de armário que provavelmente pertenceu a um bar, pois havia marcas de copo no tampo superior. Esse é o tipo de besteira que eu não faria hoje em dia.

Marca de sol no gabinete
Pianos de bar tendem a ficar nos piores lugares, logo, facilmente eles podem passar anos expostos à incidência direta do sol, coisa que determina a ruína do piano. Portanto, procure atentamente no verniz para detectar áreas claras no verniz que denunciam um passado ruim. Por cargas d'água, o meu antigo piano tinha marcas de sol e eu não prestei atenção a isso na época da compra.

Presença de gambiarras em algumas cordas
Quaisquer gambiarras (feltros afixados) nas cordas denunciam que elas não estão vibrando a contento e devem ser trocadas. Se for o caso dos bordões, a troca costuma ser dispendiosa.

Costelas devem ser inteiras
Um piano de qualidade se caracteriza por ter costelas que vão até o fim da tábua harmônica, conforme a foto.

Já esse piano é considerado de baixa qualidade, pois as costelas não vão até as bordas (flutuantes) – melhor evitar a sua aquisição.

Rachaduras na tábua harmônica
Rachaduras não significam a morte do piano, mas podem trazer futuros aborrecimentos. Imagine você tocando num daqueles dias úmidos e começam a aparecer zumbidos irritantes. O conserto de rachaduras no tampo harmônico é muito relativo, pois os resultados são incertos.

Costela (baralho) descolada
Esse é o tipo de problema bem mais grave que exige reparação imediata, pois os ruídos produzidos são inevitáveis. É preferível não comprar um piano usado nesse estado.

Costela quebrada
É um caso mais raro, mas acontece ou por batida durante o transporte ou por fadiga do material. Dependendo de onde ocorre, esse problema pode alterar a curvatura (coroa) da tábua harmônica e consequentemente a ressonância.

Cavalete (ponte) rachado
Um cavalete rachado ou quebrado implica em impossibilidade de estabilização da afinação no piano enquanto a peça não for substituída. Como o custo dessa reparação é muito alto, a compra desse piano é altamente desaconselhável.

Chapa (harpão) trincada ou rachada
Se você perceber qualquer espécie de trinca na grande peça metálica que sustenta as cordas do piano, rejeite imediatamente o instrumento pois isso significa que se trata de um instrumento condenado, já que é absolutamente inviável a substituição da chapa.

Referências:

7 de dez. de 2012

Metas pendentes de realização antes do fim do mundo

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O calendário maia acaba esse ano, mas algumas perguntas continuam martelando na sua cabeça. Quem não deseja entregar o mundo de casa totalmente arrumada? Para tanto, responda essas perguntas e esteja preparado para o que der e vier, se for para o fim, sem lamentar muito, se não for, para dar boas risadas no dia 22! Mesmo que o mundo não acabe, todas as perguntinhas merecem alguma atenção porque elas
definirão o seu perfil nos próximos anos.

1- Deverei Emagrecer?
( ) começo uma dieta nas férias.
( ) vou me inscrever numa academia.
( ) por enquanto caibo nas roupas.
( ) não preciso me preocupar, estou melhorando aos poucos.















2- Que fim devo dar àquela esteira ergonômica (virada em cabideiro) que me enche de culpa?
( ) começarei a usá-la religiosamente todos os dias.
( ) continuarei usando-a como cabide.
( ) vou vende-la no mercado livre.
( ) doarei a uma pobre alma que sonha desenvolver disciplina suficiente para usar rotineiramente a esteira em casa.









3- Como arranjar mais tempo livre para o lazer, para conviver com a família?
( ) conseguirei viver ganhando menos.
( ) serei obrigado a continuar correndo atrás da máquina pois tenho muitas contas.















4- Largar os Vícios?
( ) vou abandoná-los no novo ano.
( ) paro quando tiver vontade (cigarros e drogas).
( ) uma cervejinha de vez em quando não faz mal a ninguém.









5- Que destino dar àquele teclado empoeirado guardado em cima do armário?
( ) vou começar um curso de música.
( ) não sou bom de ouvido.
( ) será que pego alguma coisa por ele no Mercado Livre?











6- Cuidar da saúde?
( ) agendarei um check-up.
( ) não preciso, estou bem, no último check-up (de 5 anos atrás) não deu nada.
( ) quem procura acha, não vou entrar nessa.






7- Mudar para uma alimentação saudável?
( ) sim, abandonarei a junk food (o que implica em conseguir ter mais tempo livre).
( ) não consigo, estou sempre na correria.
( ) não consigo comer algo que não eu sinta o sabor.








8- Encontrar um grande amor?
( ) sim, príncipes e princesas existem! Para tanto, sinto que tenho que conquistar merecimento.
( ) Príncipes e princesas não existem!
( ) Acho que continuarei engolindo sapos.
















9- Ser menos consumista?
( ) definitivamente, preciso adotar um estilo de vida mais sustentável!
( ) o dinheiro é meu, faço com ele o que quiser!
( ) isso sobre consumismo é tudo papo de ecochatos!








10- Buscar mais espiritualidade?
( ) tenho que lutar para ser menos materialista, encontrar uma razão de ser transcendental.
( ) realmente, tenho medo de acabar como todo o materialista, amargurado e solitário no final.
( ) nem pensar, não gosto de religião/igreja.

5 de dez. de 2012

A sociedade trata melhor as pessoas magras

Tenho que confessar que já esposei simpatias por gordinhas (nunca por gordinhos). Porém, ao cabo de dois anos de execução de um programa militar de redução de peso, vejo o quão equivocadas eram as minhas inclinações. Aliás, uma das descobertas mais intrigantes feitas nesse tempo de reconfiguração de peso corporal foi que os gordos não enxergam a dimensão da sua real condição, talvez como resultado do instinto de autopreservação, que os impede de ver a sua autoimagem como ela é.

Pois bem, feito esse preâmbulo, é de notório saber que as pessoas magras gozam de todos os privilégios em uma sociedade coagida a comer... e a engordar. Por isso, quem consegue driblar a pressão social de engorda coletiva, passa a usufruir de algumas satisfações reservadas tão somente aos iniciados na arte de refutar os prazeres fáceis proporcionados pelas comilanças.

O primeiro e grande bom ganho com a perda de peso foi a conquista da mobilidade. Li na Revista Ciência Hoje um artigo que versa sobre o poder genético único do ser humano que o torna o organismo com a maior capacidade de locomoção entre os animais terrestres. Fomos projetados para andar dezenas de quilômetros por dia e milhares por mês, incansavelmente. Podemos atravessar desertos, florestas e savanas sem experimentar quaisquer desconfortos fisiológicos. A verdade é que sentimos esse poder latente no cerne da nossa espécie ressurgir na medida em que reduzimos o peso corporal.

Assim, aos poucos vou descobrindo que na condição de magro vivo melhor, durmo melhor, caio melhor, caminho muito melhor, só não como melhor em relação ao antigo estilo de vida baseado em encher sistematicamente o pandulho.

Então, o que posso dizer é que não é só a atriz Keira Knightley (foto acima), uma magriça incontestável, que consegue todas as atenções, sucesso, papeis principais e muito dinheiro, nosotros também em pequena proporção, podemos colher vários frutos provenientes da redução de peso. Paradoxalmente, lutando contra as gulodices tentadoras oferecidas pela monstruosa e multimilionária indústria alimentícia.